OS AMIGOS NÃO SERVEM SÓ PARA O CAFÉ DA TARDE!




Os amigos não servem só para o café da tarde.

Os amigos não servem só para o encontro habitual nos festivais de Verão e, após uns pingos de álcool são todos os melhores amigos!

Os amigos não servem só para os convites nos restaurantes caríssimos.
 



Imaginamos uma situação presente no Livro P.s. Eu Amo-te …
 

Holly ama o marido. Ou Holly amava o marido? Nunca sei expressar-me bem quando falamos de uma pessoa que já não se encontra entre nós. Pois bem… Após alguns convites em que tentou-se deliberadamente divertir-se, a tarefa tornava-se mais difícil. Eram os mesmos locais que frequentavam em tempos, juntos. Os amigos, supostamente, também eram os mesmos.

Quando Holly julga ser uma mulher realizada, mas na verdade não era bem assim, pois chegava a casa dia após dia e, não tinha ninguém com quem partilhar o seu dia-a-dia. Entristecia-a tal facto! Julgou a pensar que sentido fazia continuar em vida, enquanto a sua cara metade já não estava com ela. Quer dizer… Iria estar sempre. Ele acompanhava-a diariamente, mas não era a mesma coisa.
 

 

Holly, certo dia, decide recusar um convite para um baile que, outrora fora com o seu marido e, a amiga revolta-se, porquê? Porque Holly nem estava nessa de fingir-se "estar feliz", enquanto não era assim que sentia-se de todo?
 

"Nunca mais voltaste a sair, de cada vez que te convido estás demasiado ocupada a fazer qualquer coisa aparentemente muito mais importante, como trabalhar. No meu fim-de-semana de despedida de solteira parecia que estavas a fazer o maior frete da tua vida, e depois nem sequer te deste ao trabalho de sair na segunda noite. De facto, nem sei porque é que te deste ao trabalho de ir. Se tens algum problema comigo, Holly, gostava que mo dissesses na cara em vez de estares a ser uma chata insuportável!"

"Holly recostou-se, chocada, e ficou a olhar para o telefone. Não conseguia acreditar que Denise tive dito aquelas coisas."




Mas os amigos só estão juntos nos momentos bons? Como é?

 
Por coincidência os passos das amigas eram aqueles que via-se a fazer com a pessoa que julgava viver até ao fim dos seus dias, mas… A verdade é que ela estava feliz pelas amigas. Sempre imaginou que poderia contar sempre com ele. A vida atraiçoara-a. 

Os amigos de verdade são aqueles que vão aos copos connosco, mas também que choram connosco. Que de vez em quando "fingem-se" preocupados connosco, pelo menos. Uma mensagem ou um telefonema para saber se estamos vivos, não?
 
 
A dor nem sempre é compreendida. O isolamento não é a melhor opção. O caminho é seguir, mas como?
 
 
Os amigos têm a sua vida e as seus preocupações, mas não custa nada pensarmos no próximo e, lá está… "Fingirmos" que nos preocuparmos ou partilhamos um pouco a dor do outro. 


A Holly, certamente que só precisa do seu espaço para tentar seguir o seu rumo se… Tivesse pessoas à sua volta, além da família que, a compreendesse e de certa forma, ajudasse. A família força demasiado a sua aproximação nestas ocasiões. Os amigos são os melhores ombros amigos para tal situação. Quem diz… Na aceitação de uma pessoa que queríamos ter ao nosso lado e, por divergências da vida já não a vamos encontrar mais, quer numa pessoa que rompemos e que provavelmente iremos encontra-la por aí enquanto o coração dói e não quer.


"- Quero dizer, aprender a amares-te a ti própria, a amares a tua nova vida. Não deixes que a tua vida toda se centre em torno do trabalho. Há mais coisas para além disso."


 
Outra situação corrente no livro "A Vida Escondida entre os Livros"
 
 
A Loveday ao longo da sua vida e com as perdas da sua vida que vai tem, a personagem percebe com quem pode ou não contar.


É com base nos amigos verdadeiros que Loveday sente conforto e, arranja forma de seguir com a sua vida sem precisar do auxílio da sua família que, em tempos a abandonou.
 
 
Por vezes a nossa verdadeira família são aqueles que cuidem e olhem por nós. Não tem de ser necessariamente os nossos progenitores ou ter o laço de sangue recorrente.
 

"Lembra-te das nossas recordações, mas não tenhas medo de arranjar mais algumas."
 



Termino com um pequeno excerto do Livro "Raparigas Como Nós" de Helena Magalhães:


" - É a tua melhor amiga?
- Acho que sim.
- E porquê?
- Não sei… Posso dizer-lhe tudo porque ela nunca me julga. Posso ser eu mesma, seja o que for que isso signifique. Ela sabe que odeio estas coisas, mas também sabe que venho por ela e que não poderia ser de outra forma. Percebe que me sinto como se andasse sempre aos trambolhões no meio dos vossos amigos todos e das festas estranhas aonde vão, mas também tem a certeza de que me sentiria infeliz se não a acompanhasse. Porque é assim que a amizade é. Gostamos uma da outra de qualquer maneira, mesmo quando uma está a fazer algo que a outra odeia. Ou que a outra não compreende."

"O tempo passa, as personalidades mudam, mas nunca deixamos de ser amigos."
 

E quem sabe disso… É - certamente - muito feliz! :)


 
Os amigos do presente não são - por vezes - aquelas amizades que fazemos em criança. Os amigos com quem podemos contar são aqueles que estão lá para os nossos sorrisos, mas também para as nossas lágrimas.
 
Os amigos são a nossa família. A família que escolhemos para nós.
 
Os bons amigos não são aqueles conhecidos que dizemos um mero : "Olá, tudo bem?" na rua. São aqueles que se preocupam connosco, estejam onde estiverem.


Nós não escolhemos os amigos. Eles simplesmente… Cruzam-se no nosso caminho!


 
Espero que tenham gostado da reflexão sobre a amizade e, que tenham-se identificado em algumas situações.
 
Quando já passamos a fase da adolescência (Na minha opinião, em adolescentes parecem que "chovem" amigos) , é importante sempre refletirmos sobre a amizade. A verdadeira amizade.
 
Com o nosso crescimento os amigos de há 10, 15 anos atrás, parecem não sincronizar com a nossa personalidade de hoje. E é um facto. Todos crescemos e deixamos de ter compatibilidades ou temas de conversas para os nossos amigos de antes e, acho, perfeitamente normal. 
 
A amizade (outro tipo de amor, para mim) tem de ser natural e, não forçada.
 
 
Por vezes… Sabe-nos tão bem aquele abraço tão… Apertado e aconchegado. Aquele abraço tão… inexplicável.
 
 
 
Este mês de setembro, através do Projeto de Escrita Criativa, na Blogagem Coletiva, foi-nos desafiado a escrever ou desenvolver a seguinte citação: "Aquele abraço tão…" .
 
Decidi este mês focar-me noutro tipo de sentimento que, igualmente, é importante no nosso dia e, por isso, escrevo sobre a Amizade, utilizando exemplos de situações que "presenciei" nos últimos tempos através de 3 livros, como podem ter dado conta.
 
 
E, tanto… Tanto que fica por dizer mas… Deixo-vos o desafio.
 
 
Se pudessem definir a amizade numa só palavra… Qual seria?
 

 
Um beijinho enorme e, até ao próximo artigo,  


Próximo artigo: Dia 28 de setembro, sábado.

Fontes: P.s. Eu Amo-te , Cecília Ahern ; A Vida Escondida Entre os Livros de Stephanie Butland; Raparigas como Nós de Helena Magalhães.

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Comentários

  1. Gostei muito do post!

    pimentamaisdoce.blogspot.pt

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  2. Já me peguei tendo o mesmo questionamento. Eu quando adolescente era rodeada de "amigos" até que um dia descobri estar bem doente, com um tumor cerebral e pouco depois me vi sozinha demais. Passei pelas cirurgias, tratamentos e choros sozinha. Quando estava curada, se reaproximaram de novo com desculpa de que se afastaram de mim porque não aguentavam me ver triste daquela forma ou que eu estar mau deixava eles pra baixo demais então que acharam melhor manter distância. Absurdo, claro. Amizade é algo tão profundo que me magoou demais e é algo que carrego comigo até hoje.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

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    Respostas
    1. Olá, Larissa!
      Antes de mais, lamento o sucedido. Deve ter sido muito complicado! Mas sim, o papel dos amigos e pessoas que gostam de nós é apoiarem-nos ou um simples "está tudo bem?" já é muito bom. Hoje em dia é tudo muito escasso e superficial!
      Beijinhos

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