17) Saudade

Tenho saudade de tanta coisa... Quando pulava de felicidade, de percorrer longe só para receber um  beijo teu, uma palavra tua, um toque teu... 

Tenho saudades quando me pegavas ao colo e dizias que era só tua, só tua, ... Quando me levavas a passear, sentia o quanto eras meu, o quanto gostavas de mim, pelo facto de dares um simples sorriso.

Hoje, a realidade é outra! Para não falar da distância da minha casa à tua, falamos da distância da tua pessoa à minha, a maneira como te afastes é tão repentina, cada vez mais e mais. Já me sinto a desistir, afundar, cair, e não me levantar nunca mais. 

Esta mágoa doí mais do que é normal, nem acredito que em pouco tempo tudo mudasse, as trocas de encontros, as trocas de humores, o tempo passa enquanto duas pessoas perdem tempo com coisas inúteis, mas muito mais difícil é quando uma se está "nas tintas" para a outra. Quando uma curte e está "na boa" com os seus amiguinhos todos, a outra sofre, chora, desanima, ... desiste por espírito, tendo apenas vida sem instinto, sem razão para continuar, sem forças para resistir e acreditar que foi apenas mais uma fase. Ele, por incrível que pareça, põe tudo à frente de um amor que começou apenas com "eu e tu" e agora estar com "eu e ... " vamos aqui e ali, ele está na sua vida normal, sem necessidade nenhuma dela até um dia parar e ver o que perdeu. Espero que não seja tarde, e não pagues hoje, mas um dia o mal que fazes-me!

Começamos a prender-nos duma forma tão inexplicável até um dia ter chegado a este ponto. A aprendizagem é inata, ou seja, continua, e com os erros e atitudes aprende-se a avaliar mais a nós próprios do que os outros. Estes outros tão-se "rindo de ti", enquanto os que valor te dão fartam-se de chorar e nem um "pingo de decência" tens e veres que cada dia que passa estou com mais "febre", doente, uma doença chamada "distância tua"! 

04 de Setembro de 2011