Crónica: Prometo Perder de Pedro Chagas Freitas

"Só quem nunca amou nunca perdeu"

Sinopse:

" Prometo Perder.

Prometo por vezes fraquejar, por vezes cair, por vezes ser incapaz de ganhar. Nem sempre conseguirei superar, nem sempre conseguirei ultrapassar. Nem sempre poderei ser capaz de ir tão longe como tu me pedes, de te dar exataemente o que merecias que te desse. O que desesperadamente te quero dar. Nem sempre conseguirei sorrir, também.

Prometo perder.

Prometo ainda manter-me vivo depois de cada derrota, resistir ao peso insustentável de cada impossibilidade. Há-de haver momentos em que sem querer te magoarei, momentos em que sem querer tocaria no lado errado da ferida. Mas o que nunca vai acontecer é desistir só porque perdi, parar só porque é mais fácil, ceder só porque dói construir.

Prometo perder.

Porque só quem ama corre o risco de perder; os outros correm apenas o risco de continuar perdidos.

Prometo perder.

Porque só quem nunca amou nunca perdeu."

"Voltar ao teu corpo como se voltasse a casa. Os teus lábios e um abraço. A roupa a mais quando se quer assim. Os vizinhos invejosos por alguém amar inteiro. Gosto da maneira como te guardas no interior do meu peito, os meus braços abertos e tu como se esperasses a chegada da morte. Ou existe o eterno ou existe o nada. A carne bruta e um poema no teu orgasmo. Gosto da maneira como me pedes por favor para ser humano. Existe algo de solene na forma como me fazes perder a vergonha. Ser feliz é credibilizar o pecado, e certamente pecar."

Sobre o Livro:

Ficha Técnica:



Título: Prometo Perder

Escritor: Pedro Chagas Freitas

Editora: Marcador

Género: Literatura Lusófona

1ª Edição em junho de 2016

Número de páginas: 311

Sobre o Escritor:

Pedro Chagas Freitas é um gajo que escreve cenas. É um dos autores mais lidos em Portugal e é bestseller também em países como Itália e Brasil. Inventou jogos de escrita e (des)orienta, de todas as formas que consegue, workshops de escrita criativa. Adora amar e olhar para o que não existe. Acredita que não é parar que é morrer; é ir andando.

Escreveu também:

• Prometo Falhar (Já li e, deixei opinião aqui no blogue);
• Queres Casar Comigo todos os dias? (Já li e, deixei opinião aqui no blogue);
• In Sexus Veritas
• Ou é Tudo ou Não Vale Nada
• Eu Sou Deus

Opinião:

Acho que por vezes, o livro certo vem no momento correto! Este é mais um dos livros do Pedro Chagas Freitas em que nos faz pensar e, raciocinar que tipo de pessoas temos ao nosso lado e, por vezes a paciência esgota-se. Apesar de não ser (muito) fã do escritor, posso admitir que, estou a gostar. Mas não é um livro de que, no futuro, pense ler novamente.  

Cito:

"Que nunca os pés só pisem o chão, pois é com eles no ar que os felizes se são.

Que nunca os loucos não digam que não, que nunca as amarras sejam o fim dos que vão.

Que nunca o passo por dar seja apenas medo a latejar, que nunca o passo que se deu seja apenas a esperança que se perdeu.

Que nunca se desista de traçar um caminho, que nunca o destino seja a dor do espinho.

E que eu dê o passo para além do que temo, e que nunca o aquém seja a medida em que tremo.

E que olhe em frente com os pés destemidos, e que avance em gente para todos os caminhos.

Que nunca os pés só pisem o chão, pois é com eles no ar que os felizes se são."

Podia citar outros tantos textos, mas acho esse fantástico.



 De momento é tudo. Aguardem pelo novo post, que com certeza, será maravilhoso :*