UMA FAMÍLIA QUASE NORMAL, MATTIAS EDVARDSSON [OPINIÃO]



Olá, Booklovers


Hoje trago-vos mais uma opinião de um thriller que é novidade - lançado em Portugal em janeiro deste ano - pela Suma de Letras, na qual muito agradeço, antes de mais, pela cedência deste exemplar. 

↳ SINOPSE

↳ OPINIÃO: 

Antes de mais, tenho a certeza que este thriller irá dividir opiniões e gostos, tendo ele, uma temática muito precisa e, com um valor familiar tremendo. 

Resumidamente (Porque se pretenderem um breve resumo da história podem sempre ler a Sinopse e, o link encontra-se acima ⏫), conhecemos a família de Stella, quando esta é julgada por ter morto um homem de trinta e dois anos e, acima por cima, é filho de uma aclamada professora de Direito Criminal.

Esta história, em primeira instância, é narrada pelo pai da Stella - Adam Sandell - que é pastor da igreja e, este relata a investigação e, junto desse acontecimento, ele recorda-se do seu casamento, da sua família e, até mesmo na educação de Stella. E, este início para mim, foi um pouco aborrecido, porque Adam, talvez pela sua profissão, descreve tudo ao mais ínfimo pormenor, mas é com esses detalhes que entendemos vários comportamentos ao longo da restante narrativa. 



" - Dão demasiada importância à idade. Para a maioria das pessoas, é o mesmo que as calorias. Os anos vão passando, mas as coisas não mudam."
(Pag. 264)  


Em segundo lugar, temos a Stella. Uma miúda mimada, desequilibrada e ingrata, pois apesar de todo o julgamento e, da família tentar fazer tudo o que está ao seu alcance, não a vejo a retornar o sentimento. Mas foi junto de Stella que senti alguma personalidade nesta história. Ou seja, um sentimento agridoce com esta personagem. 

"A sala de audiências é a minha casa e a minha fortaleza. Quase passei mais horas em vários tribunais do que em casa com a minha família. Mas nunca me senti tão perdida e tão exposta, esmagada pela angústia, atormentada pelo arrependimento, como aqui." 
(Pag. 406)  


Por último, temos a mãe de Stella - Ulrika - e, esta vai completar todas as pontas soltas - onde as encaixamos no final - e, algumas desconfianças provocadas ao leitor são "esclarecidas". Ulrika é uma mulher que, apesar de subestimar-se pela educação ou ausência dela para com a filha,  dá imenso valor à família apesar de algumas mágoas / desgostos que sofreu ao longo da sua vida e/ou casamento. 




" O nosso coração e o nosso cérebro podem ser bons guias. Só olhando para trás é que conseguimos ver os caminhos que nunca devíamos ter seguido."
(Pag. 118)


Estas três vozes vão-nos demonstrar que a suposta harmonia e dinâmica familiar que pensam existir, não é tão perfeito assim, nem tão longe como sonharam. 

Porém, apesar de eu ter estado focada na investigação policial e julgamento, é na dinâmica de pensamentos morais desta família que me chamou à atenção. Outro ponto alto que igualmente me cativou, foi a capacidade dos pais terem feito quase o "impossível" em prol da família e, mais, quando está em causa, é uma filha. Tocou-me essencialmente a tristeza destes pais ao verem o seu "fruto", a sua "menina", num banco de réu a ser julgada. 



"(...) É melhor uma mentira bondosa do que uma verdade amarga."

(Pag. 60)


Em relação à escrita do autor, acho que foi muito inteligente a forma como este thriller foi idealizado. Pois, temos uma temática muito forte em "jogo" e, com uma dinâmica familiar interessante. Os capítulos são pequenos e alternados - entre a nostalgia e a justiça da Suécia -, e, também, as últimas frases destes são, na prática, um convite motivador para lermos os próximos e sabermos o que aconteceu a seguir. 



Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

"Éramos uma família perfeitamente normal, depois, tudo mudou. 
Construir uma vida demora muito tempo, mas basta um instante para tudo desabar."
(Pag. 18)


Em suma, como referi anteriormente, a parte em que o pai é o narrador foi a mais aborrecida, mas quando conhecemos mais a ótica da Stella e posteriormente da Ulrika, tornou-se quase uma leitura compulsiva. Gostei imenso de conhecer a escrita deste autor e, também, a forma como este explorou o conceito de família e a relação entre pais e filhos, porque nem sempre é fácil educarmos algo que geramos e, na qual somos responsáveis. 



Espero que tenham gostado da opinião. É uma leitura que recomendo vivamente para quem gosta deste género e temática de livro. Já sabem que o podem adquirir no site da Wook, através do meu Link de Afiliado (Pode clicar Aqui) e, caso leiam a história, depois não se esqueçam de partilhar o que acharam deste drama. 

Até breve! 

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Comentários

  1. Olá, Diane!
    É um thriller bom, com uma história igualmente tocante e fascinante. Se tiver oportunidade, leia e verá que iremos partilhar a mesma opinião.
    Beijinhos

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