Crónica: Gosto de ti, e então? de Rita Leston

Ultimamente tenho tido curiosidade e, pesquisado novos trabalhos e, escritores que, bem fazem o seu trabalho e, inexplicavelmente, não são tão reconhecidos como gostariam. Injustiças da vida!

Admito ter o livro há cerca de 2 anos na estante, mas, só agora chegou a vez dele :) Relativamente ao trabalho da Rita não conhecia e, desde já congratulo pelo seu desempenho e, desenvolvimento da narrativa, e, apesar de não gostar de Literatura Lusófona, admito que, este tinha início, desenvolvimento e, um fim. Admito é que, a ação ao longo de cada página, é (um bocadinho) constante. Ou seja, quando sentimos Saudade de alguém, sentimos e, pronto. Um sentimento de sete letras e, que é capaz de destruir mundos e, céus! Impressionante!

Ficha Técnica:
Título Original: Gosto de Ti, e Então?
Escritora: Rita Leston
Editora: Lua de Papel
Género: Literatura lusófona, Romance
1ª Edição em março de 2015
Número de páginas: 277

Sinopse:

" Primeiro havia Ela. E Havia Ele.

Ela era festa; ele calmaria. Ela miúda que ninguém conseguia agarrar; ele senhor de cara sisuda que ninguém tentava alcançar.

E os seus caminhos cruzaram-se, e a vida trocou-lhes os planos. Fez com que tropeçassem um no outro. Que se encontrassem na esquina do tempo, onde finalmente foram "eles".

E houve noites longas e acordadas. Mãos dadas em silêncio. Conversas com os olhos. Ombro e colo. E foram amigos, confidentes, companheiros, amantes. Foram paixão, luxúria e carne.

Mas houve o depois: a vida e a realidade, sombras e fantasmas. E um amor que, de repente, já não tinha onde morar.

Passou um ano, este ano, estas páginas que são o diário dela, o grito dela: Gosto de Ti, e Então?

Um grito em lágrimas, porque um amor assim não se quebra, nem quando os corpos se separam.

Eles amar-se-ão sempre. E tanto."

Sobre o Livro:

"Gosto de Ti, e Então? é um romance em forma de diário, um relato íntimo, a estreia de Rita Leston - cuja página no Facebook se tornou um raro fenómeno de popularidade, com milhares de fãs persistentes à espera que uma história assim se pudesse um dia ler em livro."

Sobre a Escritora:

Rita Leston nasceu em Lisboa em 1975, mas foi em Sintra que se instalou desde cedo. É rebelde, irreverente, determinada, apaixonada e nunca convencional. Oficial de Justiça a tempo inteiro, mãe a 100%, escritora em qualquer altura. Mulher e miúda, amiga e amante, é, todo o tempo, várias pessoas numa só, não dissociando nunca umas das outras.

Desde sempre a gostar de brincar com as palavras, iniciou, em 2012, a página do Facebook Gosto de Ti, e Então?, onde começou a colocar por escrito as suas dúvidas, amores, birras e estados de alma. Sonhadora, acredita que a vida levada com um sorriso é sempre muito mais fácil.

 

Opinião:

Conforme já vos informei anteriormente e, ainda nesta comunicação, Literatura lusófona não é dos géneros literários que mais me prende ou apaixona. Mas, todo o livro (mais linha, menos linha), revi-me no quanto não é, crime ou sacrifício algum, dizer à nossa cara metade o quanto gostamos dela e, o que nos faz sentir.

Uma perda nem sempre é fácil. Todos nós certamente já perdermos amores, amigos, familiares,... E, facilmente, pudemos adaptar um ou outro dia do diário a pessoas importantes que já não conseguimos recuperar… Ou podemos sempre conversar com ela, baixinho, na nossa mente ou, em papel, como se nos tivéssemos a ser ouvidos.

A comunicação, hoje em dia, pode ser feita em diversos meios e, o importante é termos imaginação, nunca deixar de lado o nosso pensamento e, o quanto gostamos. Esse sentimento, por mais difícil que esteja no momento, nunca o devemos omitir!

Entretanto, este livro, lê-se numa brevidade de dias. A escrita é tão simples, tão pura…! Quase poderia dizer que foi escrito para alguém em especial <3

 

Classificação da narrativa: 3/5

 

Tempo de Leitura: 2 dias

 

 

E, vocês? Como começaram o vosso mês de setembro? Que estão lendo por aí?

 

Não despeço-me sem antes de deixar-vos uma linda citação, desfrutem :*

 

"16 de março

(never ending)

 Finais felizes? Onde se encaixa a palavra "fim", consegue falar-se de felicidade? Seja por que razões for, os fins não são bons. Quanto mais não seja porque nos trazem a sensação de fracasso. De que, mais uma vez falhámos. Mesmo sem culpas trocadas, mesmo sem grande mágoa, um fim é um fim. Não gosto de fins. E não quero um final feliz. Quero uma longa história feliz. Onde os dias passem devagar. Quero uma história que apeteça contar vezes sem conta. Que apeteça reviver todos os dias. Que durante os tempos permaneça inabalável, mesmo com os necessários contratempos. Quero a história feliz.

Não quero um final feliz. Quero que a história não tenha fim."