LIVRO: O ROUXINOL | KRISTIN HANNAH [OPINIÃO LITERÁRIA]



Olá, booklovers! 

Espero que esteja tudo bem convosco!

Hoje venho com mais uma opinião literária de uma autora que nunca li. Antes de ler, sabia que seria uma grande leitura. 

Apesar de ter na minha estante algum tempo este título e "A Grande Solidão" da autora, senti que, este falando da segunda guerra mundial, seria neste mês de janeiro uma leitura propícia em homenagem às vítimas do holocausto. Além disso, foi um tema que já escrevi aqui no blog e, podes consultar o artigo Aqui
 

Sem desvendar mais da história e do livro, vamos conhecê-lo melhor?





Ficha Técnica: 

Título Original: The Nightingale | Título Português : O Rouxinol 
Autora: Kristin Hannah | Editora: Bertrand 
Género: Romance | 1.ª Edição em julho de 2016
Número de páginas: 504 | ISBN 978-972-25-3209-9
Lido em janeiro/2020 





Sinopse: 

"Na tranquila vila de Carriveau, Vianne despede-se do marido, Antoine, que parte para a frente de batalha. Ela não acredita que os nazis vão invadir a França… mas é isso mesmo que acontece, com batalhões de soldados em marcha, camiões e tanques, aviões que enchem os céus e largam as suas bombas sobre os inocentes. Quando um capitão alemão reclama a casa de Vianne, ela e a filha passam a ter de viver com o inimigo, sob risco de virem a perder tudo o que têm. Sem comida, dinheiro ou esperança, e à medida que o perigo as cerca cada vez mais, Vianne é obrigada a tomar decisões impossíveis, uma atrás da outra, de forma a manter a família viva. 

Isabelle, a irmã de Vianne, é uma rebelde de dezoito anos, que procura um objetivo na vida com a toda a paixão e ousadia da juventude. Enquanto milhares de parisienses marcham para os horrores desconhecidos da guerra, ela conhece Gaetan, um partisan convicto de que a França é capaz de derrotar os nazis a partir do interior. Isabelle apaixona-se como só acontece aos jovens… perdidamente. Mas quando ele a trai, ela junta-se à Resistência e nunca olha para trás, arriscando vezes sem conta a própria vida para salvar a dos outros. "




Opinião do livro… 


Para contextualizar um pouco… Vianne já em 1995, após a sua experiência na Segunda Guerra Mundial passada em França, conta a história e a tortura vivida durante os tempos difíceis junto da família. Isabelle, apesar de o laço de sangue que as une (irmãs), têm a sua personalidade tão diferente de Vianne, quase como o dia e a noite. 

Ao longo da história vemos Vianne que, além de ser mãe e esposa, tem uma postura mais responsável, calma, sensata e, super "mãe-galinha, apesar da fome, doença e, bombas por todo o lado. Vianne luta por um "amanhã" melhor principalmente pela filha, mas em prol da família em geral.  Isabelle, por outro lado, é completamente o oposto. A irmã (Vianne) nomeia-a muitas vezes como "irresponsável e intolerante", mas ao longo da história percebemos o porquê de Isabelle tornar-se esta mulher fria que todos a descrevem. 

 

"As carências, a fome, o desespero e o medo haviam deixado as suas marcas…" 
(Pag. 397)


As personagens, apesar da Guerra com a fome, frio, doença, etc, achei-as muito ternurentas e, senti um grande carinho por cada uma delas. (Excepto pelos nazis que surgem ao longo da história, claro!)

A leitura é muito intensa. A escrita achei muito cinematográfica. Característica que faz-nos viver o tempo e o espaço e visualizar todo o cenário na nossa mente. E, não é por acaso que este ano "O Rouxinol" irá ser adaptado a uma série na Netflix.

Com alguns "mistérios" que vamos desvendando ao longo da narração, queremos a certa altura, ler o livro todo numa assentada. 

A história é muito sensível, emocionante não só pela sua temática, mas pela forma cruel que a Kristin Hannah descreve todo o clima de tensão existente.
 

As crianças perdiam a sua infância para a guerra.



Kristin Hannah descreve em "O Rouxinol", a Segunda Guerra Mundial do cenário passado em França, consequentemente desta, a ocupação dos nazis. Até na educação entre os pais e filhos, os soldados alemães tinham uma "voz". Toda a separação entre os franceses ditos normais, judeus, homossexuais e estrangeiros são belos exemplos da tortura no povo francês. E toda a vivência, confesso que, mexeu comigo. 
 


A escrita é cruel e, emocionante. 


Tenho sempre algum receio em ler sobre temáticas tão sensíveis porque emociono-me sempre e, deixo-me levar pelas sensações, ainda mais, quando o autor oferece-nos a capacidade de imaginar-nos tudo… 

 


Avaliação: 5 * / 5

Recomendo vivamente a leitura do livro citando o excerto que foi colocado na contracapa do livro:
"Com coragem, graça e uma grande humanidade, a autora best-seller Kristin Hannah capta na perfeição o panorama épico da Segunda Guerra Mundial e faz incidir o seu foco numa parte íntima da história que raramente é vista: a guerra das mulheres. O Rouxinol narra a história de duas irmãs separadas pelos anos e pela experiência, pelos ideais, pela paixão e pelas circunstâncias, cada uma seguindo o seu próprio caminho arriscado em busca da sobrevivência, do amor e da liberdade numa França ocupada pelos alemães e arrasada pela guerra. Um romance muito belo e comovente que celebra a resistência do espírito humano, em particular o feminino. 

Um romance de uma vida, para todos."




Este livro foi lido para o Desafio aqui do Blog para a Categoria "Livro que contenha um cenário de uma guerra". Se ainda não conheces o desafio, podes aderir aqui no link:  Desafio Literário Tudo Sob Linhas 2020.
Neste momento, tenho na estante mais um título "A Grande Solidão" da autora e, espero lê-lo em breve, visto que adorei o seu estilo de escrita simples mas, humano e com algum humor à mistura da Kristin Hannah. Era uma autora que estava há algum tempo por ler e, de certo, não me arrependi.
 
 
Já leram algum título da autora?
 
 
Espero que tenham gostado de mais uma opinião literária de uma autora "nova" por aqui no blog. Caso ainda não siga o blog, pode seguir e subscrever por mail no formulário abaixo.
Um beijinho e, até à próxima!


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Comentários

  1. Nossa, mentira que o Netflix vai adaptar uma obra da autora??? Ainda não li esse livro mas conhecendo as obras da Kristin Hannah, sei que é difícil não se emocionar. Ela tem um talento para nos tocar, né?

    Abraço,
    Parágrafo Cult

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, Larissa!
      Este foi o único livro que li da autora. Mas tenho mais na estante por ler e, adorei o meu "início" com a autora :)
      Beijinhos

      Eliminar
  2. Olá, Teresa!
    Irá gostar muito! :)
    Beijinhos

    ResponderEliminar

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