O SORRISO E A ILUSÃO ESTÃO DE MÃOS DADAS? | CONTO

Olhei-o pela primeira vez. Ele era um jovem tão belo, elegante e, tinha um sorriso encantador. Aquele sorriso, tirava-me do sério. Já não conseguia adormecer sem tirar da minha mente aquele poderoso sorriso.

 

Que tinha aquele sorriso de tão especial?

Certo dia, ele aproximara-se demasiado de mim. Eu não era uma rapariga segura de mim e, também quando me olhava ao espelho não gostara do que via. Estava tão empenhada em obter sempre as melhores notas na turma. Via as minhas colegas de turma sempre com o seu “crush” da escola coladas pelos corredores e, nas horas de almoço saíam dos portões para namorarem.

 

Meus pais diziam-me que era muito nova para namorados, mas, todas as minhas colegas tinham, porque não deveria ter?

 

 

Ele convidou-me para sentar-me na sua mesa na cantina e, aceitava sem hesitar. Conversamos sobre escola, trabalhos de grupo e, ele pediu-me para ajudar-lhe nos trabalhos de casa. Eu fiz-nos de bom grado, pois, aquela matéria já eu sabia de cor.

 

 Todos os dias, estavam a tornar-se na mesma rotina e, iludida ajudava sempre.

Entretanto, fiquei doente e, sem ir à escola uns belos dias. Quando regressei, ele não me convidara a sentar-se consigo. Vi que já tinha convidado outra rapariga, muito mais bonita do que eu por sinal. Também vi o mesmo sorriso que utilizara em tempos comigo e, que o seu interesse para com ela era o mesmo.

 Era apenas mais uma idiota a cair na ilusão de um rapaz como ele a sorrir-me daquele modo. 

Quando ele sorria conseguia ver a máscara que usava.

 

 

Partilho assim, mais um conto para um concurso literário que participei a convite da organização, com um limite de palavras exprimir sobre a expressão:

 

"Quando ele sorria conseguia ver a máscara que usava."

 

e, foi o que tentei fazer.

 

Espero que, uma vez mais tenham gostado e, de certo modo, tenha conseguido transmitir a mensagem.

 

Por detrás de um sorriso forçado, há uma máscara que um dia poderá cair.

 

Beijinhos e, até breve!

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