# 10 Assédio moral e sexual no Trabalho | [RUBRICA VERDADE NUA & CRUA]



E, hoje, estamos por cá para mais uma Rubrica Verdade Nua & Crua. Já é o décimo artigo e, poderíamos ter motivos para festejar, mas não… 

É neste mês de outubro - concretamente - no próximo dia 17 que, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral e Sexual no Trabalho.


São - maioritariamente - as mulheres que sofrem de assédio no meio profissional.


Muitas de nós são as que têm de despedir-se e, sob ameaças dos patrões/ex-companheiros sexuais são obrigadas a fugir e a manter sigilo sobre a sua morada. 




Mas são as vítimas que têm de ausentar-se da sua zona de conforto… Não devia ser os criminosos? 


O número de mortes de mulheres vítimas de violência em Portugal voltou a aumentar em 2018. Entre o período de 2008 - 2018 já morreram 368 mulheres. Um número assustador e que deverá ser evitado no futuro, não? 

Muitos dos casos iniciam-se por violência psicológica (33%), física (12%), obrigação ter relações sexuais (5%), agressões sexuais na infância (3%) ou até mesmo, violência sexual (10%).

A desvalorização do seu trabalho, ameaça de despedimento, humilhações pessoais são alguns princípios de violência moral, ou seja, psicológica no emprego.

No contexto familiar os números apontam para distanciamento entre o casal, violência doméstica e de género e, infidelidade do companheiro para o fim do relacionamento.

Curiosamente, o menor alvo são as mais reservadas (menos sociais), sendo assim, a maior "aposta" nas mulheres liberais.

Quanto mais ignorarmos o problema, os indícios tendem a aumentar. 




O silêncio não cala a situação, apenas agrava-se! 

Os sinais mais alarmantes a nível físico é o toque. Mas por sua vez, a violência psicológica mais cedo ou mais tarde acontece.

Em muitos casos o compromisso de levar o vencimento mensal para o sustento da família e do lar, obriga muitas mulheres a aceitar o facto, para não perderem o emprego e o seu "ganha-pão". 




Os casos têm de ser denunciados e, não serem apenas números para meras estatísticas. 


Que farias se fosses uma vítima no teu local de trabalho? Irias silenciar para não perder o emprego e ao mesmo tempo colocarias a tua dignidade à prova? Ou irias denunciar o caso mas ganharias o respeito pela família?

Acredito que - em muitos casos - a obrigação fala mais alto. O amor aos filhos, a falta de comida na mesa são exemplos que poderão sempre ter a sua "última palavra".

Mas hoje… És tu! E, se não denunciares, amanhã poderão ser bem mais… Queres contribuir para as estatísticas? 


Acredita que, pode haver uma solução. Podes sempre expor a situação na Linha de Apoio à Vítima (APAV) através do 116 006 ou por email apav.sede@apav.pt. Os contatos expostos são números nacionais (Portugal). Penso que, cada país tem as associações/números de apoio locais. 

Hoje ficamos por aqui. Espero que tenham gostado do artigo. 

Podemos encontrar-nos por cá no próximo artigo?

Cumprimentos,


Próximo artigo: 04 de outubro, sexta-feira-feira.

Fonte: Reportagem Expresso

Direitos de Imagem: Imagem1 ; Imagem2 ; Imagem3 ;

Nos comentários poderá deixar a sua análise, sugestão ou crítica :)

Comentários

  1. Eu fico feliz que aos poucos (ainda a passos lentos mas segue caminhando ) temas como feminismo e violência contra a mulher vêm sendo mais e mais falados na mídia, a informação vem sendo mais disseminada. Porém fico triste em saber que mulheres não podem ser livres sem ser atacadas e que muitas ainda seguem presas em relacionamentos tóxicos por conta de medo, fome ou dependência psicológica. Espero que os números diminuam até se extinguir.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

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    Respostas
    1. Olá, Larissa!
      Exato! Estamos a lutar para a extinção do assunto!
      Beijinhos

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  2. Excelente tema e de crucial importância, cada vez há mais assédio no trabalho. Parabéns!

    Beijinhos!

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    Respostas
    1. Olá, Ana!
      Concordo!
      Devido a isso, tento sempre realçar assuntos da atualidade aqui na Rubrica :)
      Beijinho grande :*

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  3. Boa tarde!!
    Nunca me aconteceu e confesso que não sei como lidaria com uma situação de assédio no trabalho. Parece-me algo bem difícil de gerir. Podemos tentar supor o que faríamos e o que não faríamos mas a verdade é que desconhecemos como reagimos até ao momento em que efetivamente temos de o fazer.
    Um abraço

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    Respostas
    1. Olá, Marisa!
      Acho que, muitas pessoas pensam que o assédio é apenas o contacto físico entre ambas as partes. Existe, bem presente, o assédio moral, aquele que tenta desmoralizar-nos e colocar-nos "abaixo do tapete". Esse, na minha opinião, é bem mais destruidor para o Ser Humano.
      No local de trabalho, entre chefe e funcionário, há que haver uma linha que separa ambos os lados e, deixar entrar no nosso ser e personalidade a fim de humilhar… É assédio!
      Beijinhos

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    2. Tens razão. Não me lembro de o ter sentido ainda, mas olha que, agora que falas em assédio moral, penso que acontece muito entre colegas, quando se tenta usar o que conhecem das falhas dos outros para rebaixar os seus sucessos.
      Penso que alguém que o faça demonstra uma grande insegurança e apoia-se no denegrir os outros para se sentir superior. É inadmissível!
      Parabéns pelo post!!

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    3. Olá, querida!
      Concordo. Quem passa a vida a tentar destruir o outro ou falar menos bem do próximo só pode ser muito infeliz para não falar de si próprio!
      Beijinhos grandes :*

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